terça-feira, 29 de junho de 2010

O homem criado à imagem e semelhança de Deus

O homem foi criado por Deus. Ele não é produto do acaso nem é o resultado final de uma evolução de milhões de anos. Não procedemos de uma ameba nem dos macacos, mas de Deus. A Bíblia corretamente interpretada e a ciência corretamente entendida não se contradizem, pois ambas têm o mesmo autor. A verdade incontestável é que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Destacaremos três pontos para a nossa reflexão:

1. O homem é a imagem de Deus criada. Deus criou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida e ele passou a ser alma vivente. Deus criou homem e mulher à sua imagem e conforme a sua semelhança. Certamente essa semelhança não é física, pois Deus é Espírito. O homem é um ser moral e espiritual. Deus lhe deu uma consciência, uma espécie de tribunal interior, com uma noção inata de certo e errado. O homem é o único ser capaz de relacionar-se com o seu criador de forma inteligente. Somos a obra prima de Deus. Somos a coroa da criação. Nossa origem é divina. Nosso destino é a glória. Fomos criados para glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.

2. O homem é a imagem de Deus deformada. A imagem criada tornou-se imagem deformada pelo pecado. Com a queda de Adão, toda a raça foi mergulhada no pecado. Por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte e a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. O pecado, porém, não destruiu a imagem de Deus no homem, mas deformou-a. Agora, por causa do pecado, não refletimos com toda clareza a imagem de Deus. Somos como um poço de águas turvas que não refletem mais a beleza da lua. O pecado atingiu todas as áreas da nossa vida: nosso corpo e nossa alma, nossa razão e nossos sentimentos. Somos um ser ambíguo e contraditório. O bem que queremos fazer não o praticamos e o mal que não queremos, esse o fazemos. Nossas palavras, ações e desejos estão contaminados pelo pecado. O homem tornou-se praticante do pecado e escravo dele. Seu estado é de depravação total. O homem natural não conhece a Deus, não discerne as coisas de Deus, pois está morto em seus delitos e pecados.

3. O homem é a imagem de Deus restaurada. O homem não pode salvar nem restaurar a si mesmo, pois está morto em seus delitos e pecados. Mas, Deus não desistiu do homem. Para cumprir um plano eterno e perfeito, Deus enviou seu Filho ao mundo como Salvador do mundo. Agora, todos aqueles que nele crêem são perdoados, justificados e salvos. Por intermédio da obra de Cristo na cruz por nós somos reconciliados com Deus e pela ação do Espírito Santo em nós, a imagem divina é restaurada em nós. O projeto eterno de Deus é transformar-nos à imagem de Cristo. O Espírito Santo, o aplicador da redencão, realiza essa obra e nos transforma de glória em glória na imagem de Cristo, a expressão exata do ser de Deus. A imagem criada por Deus e deformada pelo pecado é restaurada por Cristo pela ação do Espírito Santo. O mesmo Deus que criou o homem à sua imagem e semelhança e não desistiu dele depois da sua trágica queda, está trabalhando para restaurar essa mesma imagem. Pela redenção que temos em Cristo, tornamo-nos membros da família de Deus, sendo adotados como filhos de Deus e seus benditos herdeiros. Podemos erguer nossa voz e gritar: Onde abundou o pecado, superabundou a graça!


Rev. Hernandes Dias Lopes

domingo, 20 de junho de 2010

Maridos, amai vossa mulher

Se a palavra que caracteriza o dever da esposa é submissão, a palavra que caracteriza o papel do marido é amor. O marido nunca deve usar sua liderança para esmagar ou neutralizar a esposa. A ênfase bíblica não está na autoridade do marido, mas no seu amor por ela (Ef 5:25,28,33). O que significa submissão? É entregar-se a alguém; o que significa amar? É entregar-se por alguém. Assim, submissão e amor são dois aspectos da mesmíssima coisa.

Os cinco verbos que definem a ação do marido
O apóstolo Paulo, escrevendo em Efésios 5:24-33, usa vários verbos para descrever a ação do marido em relação à sua mulher. Em primeiro lugar, ele usa o verboamar. O marido deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja. O amor de Cristo pela igreja foi proposital, sacrificial, santificador, altruísta, abnegado e perseverante. Em segundo lugar, Paulo usa o verbo entregar-se. O marido deve amar sua mulher com um amor não egoísta, ou seja, um amor devotado. Em terceiro lugar, Paulo usa o verbo santificar. O amor visa o bem da pessoa amada. A mulher que é amada pelo marido é protegida de muitas tentações e sua vida é santificada. Em quarto lugar, Paulo usa o verbo purificar. O amor busca a perfeição da pessoa amada. Finalmente, Paulo usa o verbo apresentar. O amor visa a felicidade plena da pessoa amada e com a pessoa amada.

O marido deve cuidar da vida espiritual da esposa
O marido é o responsável pela vida espiritual da esposa e dos filhos. Ele é o sacerdote do lar. O marido precisa buscar a santificação da esposa. Deve ser a pessoa que mais exerça influência espiritual sobre ela. Ele deve ser uma bênção na vida dela (Pv 31:11,12,23,28,29).

O marido deve cuidar da vida emocional da esposa
O marido fere a si mesmo, ferindo a esposa. Ele cuida de si mesmo, cuidando da esposa. Mas, como o marido deve cuidar da esposa?
Em primeiro lugar, ele não deve abusar dela. Um homem pode abusar do seu corpo, comendo ou bebendo em excesso. Um homem que faz isso é néscio, porque ao maltratar o seu corpo, ele mesmo vai sofrer. De igual modo, o marido que maltrata a esposa é néscio. Ele machuca a si mesmo ao ferir a esposa. Um marido abusa da esposa ao ser rude com ela; não dando tempo, atenção e carinho a ela; usando palavras e gestos grosseiros com ela; ou sendo infiel a ela.
Em segundo lugar, ele não deve descuidar dela. Um homem pode descuidar do seu corpo. E se o faz é néscio e vai sofrer por isso. Se você tiver com a gargantainflamada não pode cantar nem mesmo falar direito. Todo o seu trabalho será prejudicado. Você tem idéias e mensagem, mas não pode transmiti-las. Quando o marido descuida da esposa, ele se priva dos mais excelentes privilégios. O marido descuida da esposa quando substitui trabalho por relacionamento; quando passa todo o tempo disponível em frente da televisão, do computador ou com os amigos. Há viúvas de maridos vivos. Há maridos que querem vivera vida de solteiros. O lar para eles é apenas um albergue.

O marido deve cuidar da vida física da esposa
O marido deve zelar da vida física da esposa (a alimenta e dela cuida). Como o homem sustenta o corpo? a) A dieta – Um homem deve pensar em sua dieta. Deve tomar suficientes alimentos e tomá-los regularmente. Assim também o marido deveria estar pensando no que ajudará sua esposa; b) Prazer e deleite – Quando ingerimos nossos alimentos não só pensamos em termos de calorias ou proteínas. Não somos puramente científicos. Pensamos também naquilo que nos dá prazer. Desta maneira o marido deve tratar a esposa. Ele deve estar pensando no que a agrada. O marido deve ser criativo no sentido de sempre alegrar e agradar a esposa; c) Exercício – A analogia do corpo exige mais este ponto. O exercício é fundamental para o corpo. O exercício é igualmente essencial para o casamento. É o diálogo. É a quebra da rotina desgastante.
A comunicação no casamento é vital; d) Carícias – A palavra cuidar só aparece em Efésios 5:29 e em 1 Tessalonicenses 2:7. A palavra significa acariciar. O marido precisa ser sensível às necessidades emocionais e sexuais da esposa. O marido precisa aprender a ser romântico, cavalheiro, gentil e cheio de ternura com sua esposa. Numa época como a nossa de falência da virtude, enfraquecimento da família e explosão de divórcio, precisamos nos voltar para os preceitos da Palavra de Deus para termos uma vida santa e feliz.

Criação: verdade ou mito?

Richard Dawkins escreveu recentemente um livro insolente, cujo título é: Deus, um delírio. O propósito deste proclamado autor é ridicularizar a fé cristã e negar acintosamente a criação. Em breve, porém, tanto Richard Dawkins quanto sua obra estarão cobertos de poeira e Deus estará, como sempre esteve, imperturbavelmente assentado em seu trono de glória. Nenhuma doutrina é mais combatida atualmente do que a verdade exposta em Gênesis 1.1: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. De onde veio o universo? Para responder a essa questão, várias teorias foram criadas:

1. A teoria da geração espontânea - A teoria da geração espontânea diz que o universo deu a luz a si mesmo. Não houve um criador nem uma causa primeira. Essa posição pode ser sintetizada na seguinte sentença: “Ninguém vezes nada é igual a tudo”. A ciência prova que o universo é formado de massa e energia. Também a ciência atesta que o universo é governado por leis. Sabemos que massa e energia não criam leis nem as leis criam a si mesmas. Logo, as leis foram criadas. Por quem? Pelo acaso? A resposta está na Bíblia: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Se é inimaginável para nós ver um relógio sem pensar que um relojoeiro o fez. Se é impossível para nós ver uma casa sem pensar que um pedreiro a construiu. Muito mais estonteante é pensar que esse vasto universo surgiu espontaneamente.

2. A teoria da explosão (Big Bang) - A teoria do Big Bang diz que o universo surgiu de uma gigantesca explosão cósmica. A pergunta é: Será que o caos pode gerar o cosmos? Será que a desordem pode gerar a ordem? Será que uma colossal explosão pode gerar um universo com leis, movimentos, harmonia e propósito? Seria mais fácil acreditar que se jogássemos para o ar milhões de letras, elas cairiam na forma de uma enciclopédia. Seria mais fácil acreditar que se lançássemos uma bomba atômica numa região, levantar-se-ia dessa poeira uma cidade com praças e jardins. A desordem não produz ordem nem o caos produz o cosmos. Os astrônomos chegam a dizer que o diâmetro do universo deve chegar a 10 bilhões de anos-luz. A velocidade da luz é 300 mil quilômetros por segundo. Sendo assim, se tomássemos uma nave espacial percorrendo a fantástica velocidade de 300 mil quilômetros por segundo, gastaríamos 10 bilhões de anos para ir de um extremo ao outro. Será que uma gigantesca explosão produziu esse vasto universo governado por leis? Sabemos que a terra é o lugar adequado para nossa sobrevivência. Seria isso produto do acaso ou de uma explosão? Se estivéssemos mais pertos do sol, seríamos queimados; se estivéssemos mais longe, morreríamos congelados. Precisaríamos mais fé, para aceitarmos a teoria da explosão como origem do universo do que crer que, no princípio criou Deus os céus e a terra.

3. A teoria da evolução das espécies - Charles Darwin em 1859 lançou em Londres o livro Origem das Espécies. Esse livro tornou-se o credo de milhões de pessoas a partir do século dezenove. Hoje, ensina-se a evolução nas Escolas e Universidades como se essa teoria fosse uma verdade científica. Segundo Darwin o mundo é o produto de uma evolução de milhões e milhões de anos. Essa evolução é regida pela seleção das espécies, ou seja, a sobrevivência do mais apto. O supracitado livro de Darwin tem mais de oitocentos verbos no futuro do subjuntivo (suponhamos). Trata-se de um amontoado de suposições. O relato de Gênesis, porém, está de acordo com as descobertas da ciência. Somos seres programados geneticamente. Deus colocou em nós os códigos de vida. Podemos ver mutação de espécies, mas não transmutação. Você pode ter diversos tipos de cães, mas jamais verá um cachorro se transformando num leão. Você pode ter diversos tipos de macacos, mas jamais verá um macaco se transformando em homem. Está correto o enunciado: “A ciência corretamente analisada jamais entrará em contradição com a Bíblia corretamente interpretada, pois ambas têm o mesmo autor: Deus”. Reafirmamos, portanto, nossa fé: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).