quinta-feira, 28 de março de 2013

O que é predestinação? É a predestinação bíblica?


Pergunta: "O que é predestinação? É a predestinação bíblica?" Resposta: Romanos 8:29-30 nos diz: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou.” Efésios 1:5 e 11: “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade... Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.” Muitas pessoas têm forte hostilidade à doutrina da predestinação. Entretanto, a predestinação é uma doutrina bíblica. O segredo é compreender, biblicamente, o que significa. As palavras traduzidas como “predestinou”/ “predestinados” nas Escrituras citadas acima vêm da palavra grega “proorizo”, que carrega o significado de “anteriormente determinado”, “predestinar”, “decidir de antemão”. Então, predestinação é Deus determinando antes, o acontecimento de certas coisas. E o que Deus determinou antes que acontecesse? De acordo com Romanos 8:29-30, Deus pré-determinou que certas pessoas estariam em conformidade com a imagem de Seu filho, sendo chamadas, justificadas e glorificadas. Essencialmente, Deus predetermina que certas pessoas sejam salvas. Várias Escrituras se referem aos crentes em Cristo como sendo escolhidos (Mateus 24:22, 31; Marcos 13:20, 27; Romanos 8:33; 9:11; 11:5-7,28; Efésios 1:11; Colossenses 3:12; I Tessalonicenses 1:4; I Timóteo 5:21; II Timóteo 2:10; Tito 1:1; I Pedro 1:1-2; 2:9; II Pedro 1:10). Predestinação é a doutrina bíblica de que Deus, em sua soberania, escolhe certas pessoas para serem salvas. A objeção mais comum à doutrina da predestinação é que ela não é justa. Por que Deus escolheria certas pessoas e não outras? O que é importante lembrar é que ninguém merece ser salvo. Todos nós pecamos (Romanos 3:23) e todos merecemos punição eterna (Romanos 6:23). Como resultado, Deus seria perfeitamente justo em permitir que todos nós passássemos a eternidade no inferno. Entretanto, Deus escolhe salvar alguns de nós. Ele não está sendo injusto com aqueles que não forem escolhidos porque eles estão recebendo aquilo que merecem. Ao escolher ter compaixão por alguns, Deus não está sendo injusto com os outros. Ninguém merece nada de Deus: por isto, ninguém pode protestar se não receber nada de Deus. Uma ilustração seria se eu desse dinheiro a 5 pessoas em um grupo de 20. As 15 pessoas que não recebessem dinheiro ficariam aborrecidas? Provavelmente sim. Mas elas têm o direito de se aborrecerem? Não, não têm. Por quê? Porque não devia dinheiro a nenhuma delas. Eu simplesmente decidi ser generoso com algumas. Se Deus escolhe quem é salvo, isto não enfraquece nosso livre arbítrio para escolher e crer em Cristo? A Bíblia diz que devemos escolher: tudo o que temos a fazer é crer no Senhor Jesus Cristo e seremos salvos (João 3:16; Romanos 10:9-10). A Bíblia nunca descreve a Deus rejeitando quem Nele crê ou mandando de volta alguém que O busque (Deuteronômio 4:29). De algum jeito, no mistério de Deus, a predestinação trabalha de mãos dadas com a pessoa sendo atraída por Deus (João 6:44) e crendo na salvação (Romanos 1:16). Deus predestina quem será salvo, e devemos escolher a Cristo para sermos salvos. Os dois fatos são igualmente verdadeiros. Romanos 11:33 proclama: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!”

O que diz a Bíblia a respeito do dízimo?


Pergunta: "O que diz a Bíblia a respeito do dízimo?" Resposta: A questão do dízimo gera dificuldade e resistência em muitos cristãos. Em muitas igrejas, o dízimo recebe excessiva ênfase. Ao mesmo tempo, muitos cristãos não se submetem à exortação bíblica em ofertar ao Senhor. O dízimo e as ofertas deveriam ser uma alegria, uma bênção. Mas raramente é o que acontece nas igrejas hoje, infelizmente. Dar o dízimo é um conceito do Velho Testamento. O dízimo era exigido pela lei na qual todos os israelitas deveriam dar ao Tabernáculo/Templo 10% de todo o fruto de seu trabalho e de tudo o que criassem (Levítico 27:30; Números 18:26; Deuteronômio 14:22; II Crônicas 31:5; Malaquias 3:8-10). Alguns entendem o dízimo no Velho Testamento como um método de taxação destinado a prover pelas necessidades dos sacerdotes e Levitas do sistema sacrificial. O Novo Testamento, em nenhum lugar ordena, e nem mesmo recomenda que os cristãos se submetam a um sistema legalista de dizimar. Paulo afirma que os crentes devem separar uma parte de seus ganhos para sustentar a igreja (I Coríntios 16:1-2). O Novo Testamento, em lugar algum, determina certa porcentagem de ganhos que deva ser separada, mas apenas diz “conforme a sua prosperidade” (I Coríntios 16:2). A igreja cristã basicamente tomou esta proporção (10%) do dízimo do Velho Testamento e a incorporou como um “mínimo recomendado” para o ofertar cristão. Entretanto, os cristãos não deveriam se sentir obrigados a se prender sempre à quantia de 10%. Deveriam sim dar de acordo com suas possibilidades, “conforme sua prosperidade”. Às vezes, isto significa dar mais do que 10%, às vezes, dar menos que 10%. Tudo depende das possibilidades do cristão e das necessidades da igreja. Cada cristão deve cuidadosamente orar e buscar a sabedoria vinda de Deus no tocante a sua participação com o dízimo e/ou a quanto deve dar (Tiago 1:5). “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Coríntios 9:7).

sexta-feira, 15 de março de 2013

Salvação Infantil


Há evidência bíblica de que alguns infantes são salvos. Por exemplo, Davi disse que iria ao encontro de seu filho morto, mas que este não retornaria a ele. João Batista ficou cheio do Espírito no ventre de sua mãe. Contudo, não há nenhuma base bíblica de que todos que morrem como infantes irão para o céu. É, de fato, algo possível, visto que a Bíblia não traz nenhum exemplo de algum infante indo para o inferno. Mas afirmar que todos serão salvos não passa de possibilidade. Qualquer infante que seja salvo deve sê-lo com base na eleição de Deus e expiação de Cristo. A Bíblia nega que haja alguma outra base para a salvação. Isso significa que Deus pode criar algumas pessoas que morrem como infantes, mas são salvas, e Cristo morreu por elas ao ser crucificado. O fato de que são pequenos demais para ter consciência do pecado pode significar que nenhuma fé se exige dos infantes. Sua mente não alcançou o estado no qual a crença deliberada na doutrina e o arrependimento da impiedade são significativos. Contudo, isto não significa que todos os que não podem exercer fé consciente são salvos. Alguns cristãos ficam incomodados quando lhes dizemos que alguns não precisariam exercer fé consciente; mas todos assumimos que o filho de Davi e João Batista não exerceram fé consciente ao serem salvos. Há uma forma coerente de explicar isso sem comprometer o Evangelho. Lembre-se de que, mesmo quando falamos de salvação pela fé, não estamos de fato nos referindo à fé como tal, mas a Jesus Cristo. A fé em si não salva ― só Cristo salva. Se alguém é salvo, isto se dá por Jesus Cristo. Dessa forma, ao afirmar que os infantes poderiam ser salvos à parte da fé, mas não à parte de Cristo, o Evangelho não é comprometido. Cristo salva adultos em conjunção com uma fé consciente; mas Cristo salva alguns infantes ― pelo menos dois! ― à parte de uma fé consciente. Não sou salvo por causa da fé, mas por causa de Cristo. Minha fé é uma manifestação da salvação, eleição e regeneração. Ela não é a causa da salvação, mas o efeito da salvação. Esperaríamos de uma pessoa que recebeu a salvação como infante, e não morreu, que manifestasse essa fé ao crescer e estivesse ciente do que é certo e errado, do pecado e do arrependimento, e assim por diante. É o que aconteceu com João Batista. Talvez o mesmo se aplique aos mentalmente retardados, ainda que, aparentemente, não haja qualquer evidência bíblica para dizer que alguns mentalmente retardados são salvos, pois não há exemplos equivalentes na Escritura. Sua salvação é apenas uma possibilidade. Também é possível que todos os mentalmente retardados sejam condenados. Neste caso seria um equívoco alegar que eles são punidos por serem mentalmente retardados; antes, com base na doutrina da reprovação, eles teriam sido criados como indivíduos condenados, em primeiro lugar. O ponto é que não há nenhum problema teológico. Isso não se aplica aos infantes, adolescentes e adultos mentalmente cientes que jamais ouviram o evangelho ― todos irão para o inferno, sem dúvida (Incluo infantes porque, embora nos refiramos a infantes que poderiam ser salvos à parte da fé, muitos se tornam bem conscientes em uma idade muito tenra, talvez ao completarem dois, três, ou quatro anos de idade). A Bíblia é clara sobre isso. Há aqueles que tentam dizer que alguns adultos podem ser salvos à parte da fé. Isso é heresia. Quem afirma isso deveria ser excomungado. Devemos lidar com essas pessoas da maneira mais dura possível, pois todo o Evangelho e toda a obra da pregação ficam comprometidos. A posição popular que todos os infantes são salvos é pensamento positivo, e persiste como uma tradição religiosa infundada. Aqueles que afirmam a doutrina da eleição jamais conseguiram demonstrar que todos os que morrem na infância são eleitos. Seus argumentos são forçados e falaciosos. E, àqueles que rejeitam a doutrina da eleição, falta até mesmo isso para construir uma doutrina de salvação infantil. A forma de confortar pais em luto não é mentir , mas instruí-los a confiar em Deus. Não importa o que Deus decide, será sempre algo bom e correto. Esta verdade pode ser dura em razão da dor e fraqueza naquele momento, mas se, no fim das contas, os pais não conseguem aceitar isso, eles estão indo para o inferno e precisam se tornar cristãos. Quanto à razão de a Bíblia não citar quem são exatamente os salvos e quem pode ser salvo à parte da fé, se é que alguém pode sê-lo, o interesse bíblico está em, aparentemente, se focar naqueles que precisam de fé consciente para serem salvos. Em outras palavras, todos aqueles que podem entender o Evangelho devem crer nele para ser salvos. Isto inclui todo infante, adolescente e adulto inteligente, em todas as partes da terra ― tenha ele acesso ou não ao Evangelho. Se alguém morre sem ouvir o Evangelho, isto significa que Deus decretou sua condenação de antemão. Ainda que essa pessoa venha a queimar no inferno, as punições por ela recebidas serão provavelmente menos extremas que as punições sobre a pessoa que ouviu e rejeitou o Evangelho, pois a Bíblia ensina que aqueles que conhecem o Evangelho, mas não lhe obedecem, sofrerão mais. O destino daqueles que não podem entender o evangelho ― fetos, infantes muito novos, pessoas mentalmente retardadas e assim por diante ― está nas mãos de Deus, e aprouve a Deus não dizer-nos o que fará com essas pessoas. Antes, devemos nos concentrar em nossas próprias vidas, examinarmo-nos para ver se estamos na fé, e confiar o resto a Deus. (Adaptado de uma correspondência de email) Fonte: http://www.vincentcheung.com/ Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – abril/2011